Sobre sentir o "sentimento do mundo"
- Aline Bandeira
- 21 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Eu sinto. E como dói sentir nesse momento! Você também consegue sentir?

Eu diria que nesse tempo louco que estamos vivendo, a apatia é uma bênção!
.Porque empatia, sororidade, responsabilidade afetiva e cuidado com os pequenos e frágeis nos traz toda a vulnerabilidade e impotência do ser humano. Nos mostra nossa própria fragilidade.
Ter o sentimento do mundo me faz ter vontade de chorar sempre que vejo notícias de guerras na TV, ter um nó na garganta sempre que vejo casos de crianças e idosos sendo abusados. Os ataques às escolas me dão uma angústia indescritível atrelada à descrença de que o Humanismo é válido.
.Se por um lado não podemos nos trancar e virarmos ilhas, no outro lado existem as crises existenciais de sermos seres finitos e não termos 100% controle de nossas vidas, muito menos das atitudes dos outros.
Esse conflito interno toma uma proporção grandiosa se não aprendemos a lidar com ele. Gera medo e ansiedade. Cresce como uma bola de neve, ocupando todos os espaços que seriam para bons sentimentos.
Não é à toa que ansiedade é o mal do século. Na verdade, eu diria que a Ansiedade é um sintoma do mal do século: indiferença. Toda vez que não nos importamos com o sofrimento do outro. Todas as vezes que optamos por não meter a colher.
No entanto, é importante lembrar que não há nada de errado em sentir emoções intensas. Na verdade, é completamente normal e humano. A chave é aprender a reconhecer e gerenciar essas emoções para que elas não nos dominem.
Um processo terapêutico pode nos ajudar nesse processo, oferecendo ferramentas e estratégias para lidar com nossos sentimentos. Na terapia, podemos entender a origem de nossas emoções e a desenvolver habilidades para lidar com elas de forma saudável.
Como eu disse, não estamos em uma ilha, o bom disso é que não estamos sozinhos em nossa jornada emocional. Todos nós enfrentamos desafios emocionais em algum momento de nossas vidas. Mas, com a ajuda certa, podemos aprender a navegar pelos altos e baixos dos sentimentos e da vida com mais facilidade e equilíbrio.
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